Um grupo de 34 técnicos de saúde, médicos e enfermeiros que fazem urgência nos centros de saúde dos seis municípios que compõem a Região Sanitária Santiago Norte (RSSN) e no Hospital Regional Santa Rita Vieira (HRSRV) participou esta terça-feira,13, na formação sobre Protocolo de Triagem de Manchester (PTM).
A acção formativa, que decorreu na sala de reuniões do Gabinete Técnico (GT) da RSSN, em Achada Falcão (Santa Catarina) foi promovida pela RSSN em parceria com o Grupo Cabo-verdiano de Triagem.
A formação ministrada pelo presidente do Grupo Cabo-verdiano de Triagem, Paulo Almeida, teve como objectivo identificar rapidamente doentes em risco, observar em função da necessidade clínica, prever tempo-alvo para inicio da observação.
E ainda prever circuito de encaminhamento dos doentes, promover a organização do serviço, caracterizar a população no serviço e dispor de solução abrangente (pediatria e catástrofe).
O acto da abertura da formação foi testemunhado pelo director da RSSN, João Baptista Semedo, e pela nova directora do HRSRV, Isaquela Pinheiro, que iniciou as funções esta segunda-feira,12.
A Triagem de Manchester foi um protocolo elaborado em Manchester, em 1994, por um grupo de médicos e enfermeiros que decidiu criar uma série de normas em que fosse possível, pela queixa clínica, fazer uma determinação da gravidade clínica do doente que vai ao serviço de urgência.
O serviço de urgência possui um sistema de triagem por cores, baseado no Protocolo de Manchester, que permite a identificação rápida da gravidade do caso e a priorização do atendimento.
Existem cinco cores que correspondem a diferentes graus de gravidade: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul.
A cor vermelha é atribuída aos pacientes em estado crítico e que necessitam de atendimento imediato. Eles são encaminhados para a sala de emergência e têm prioridade máxima de atendimento.
A cor laranja é atribuída a pacientes com risco iminente de vida ou que precisam de intervenção médica urgente. Esses pacientes também têm prioridade máxima de atendimento, mas não são considerados críticos.
A cor amarela é atribuída a pacientes que não apresentam risco iminente de vida, mas necessitam de avaliação médica e tratamento em um curto espaço de tempo.
A cor verde é atribuída a pacientes com condições menos graves, mas que ainda necessitam de atendimento médico. Esses pacientes podem aguardar um pouco mais pelo atendimento.
A cor azul é atribuída a pacientes com condições menos urgentes e que podem esperar pelo atendimento por mais tempo.
É importante ressaltar que a classificação por cores não é uma forma de discriminar os pacientes, mas sim uma maneira de garantir que cada caso seja atendido de acordo com a sua gravidade e necessidade. O objetivo é priorizar os casos mais graves e reduzir o tempo de espera para o atendimento desses pacientes.
Após a triagem, os pacientes são encaminhados para a área de atendimento de acordo com a sua categoria de prioridade. Esse processo permite que os casos mais urgentes sejam atendidos rapidamente e de forma eficiente, garantindo a melhor assistência possível para todos os pacientes que buscam o serviço de urgência do HRSRV e nos centros de saúde.