A Direcção Nacional de Saúde (DNS) promoveu hoje uma formação sobre gestão de casos de dengue para médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório da Região Sanitária Santiago Norte (RSSN), na sala de reuniões do Gabinete Técnico da RSSN, em Achada Falcão, no município de Santa Catarina.
Os profissionais da saúde, segundo o director da RSSN, João Baptista Semedo, durante a acção de formativa vão aprimorar os seus conhecimentos sobre a gestão de casos de dengue.
De entre os temas abordados destacam ponto de situação epidemiológica das doenças transmitidas por vetor mosquito nos municípios, análise dos dados de dengue, análise/implementação das fichas de notificação, tratamento e investigação de dengue, análise das fichas de registos de dados de terreno, vigilância laboratorial: envio de laminas para LNR, disposição de testes e reagentes, número de teste realizados dengue, stock de testes TdR e stock de materiais e consumíveis para a luta anti vetorial e anti larval.
A região contabiliza 1.222 casos acumulados de dengue em situação epidémica, sendo Santa Cruz o município com o maior número de casos (683), seguido por São Miguel (205), embora todos os municípios já apresentam casos, mas em menor quantidade.
O programa de capacitação se estenderá por todo o país nas regiões sanitárias, hospitais e delegacias de saúde, com o objectivo de delinear estratégias concretas para inverter a tendência crescente dos casos de dengue e reduzir a pressão sobre a saúde pública.
Ou seja, ajuntou que a região ainda está em fase ascendente da epidemia e que a estratégia é intensificar as atividades no terreno para reduzir o número de casos até Janeiro e Fevereiro de 2025, buscando estabilizar a situação.
Perante tudo isso, destacou a importância de continuar a informar a população sobre os sintomas da dengue, que ajuda na identificação precoce das formas simples e graves da doença.
Apontou ainda como crucial o controlo do vector, que envolve a eliminação de criadouros do mosquito transmissor, como acúmulo de água em casas e arredores, o controlo das larvas e pulverização intra domiciliar para eliminar mosquitos adultos infectados, contribuindo assim para a redução dos casos.
Cabo Verde já enfrentou epidemias de dengue em 2009-2010, com 21.300 casos e seis óbitos, e em 2016-2017, com surtos menores.
Desde Novembro de 2023, o país está novamente lidando com uma epidemia, já com mais de 13 mil casos confirmados e quatro óbitos.
C/Inforpress