O evento aconteceu de 30 de Setembro a 4 e Outubro de 2019, com o objetivo de Analisar as ferramentas de harmonização da avaliação das estruturas de saúde; Descrever a abordagem da implementação dessas ferramentas a nível dos países, que inclui alinhamento dos parceiros, adaptação das ferramentas e da amostragem das estruturas de saúde; Utilizar o software CSPro para recolha, processamento e analise dos indicadores de qualidade das estruturas de saúde; Interpretação correta dos resultados e elaboração dos relatórios da avaliação harmonizada dos serviços.
De regresso ao país, João Baptista Semedo,diretor da Região Sanitária Santiago Norte e um dos integrantes da delegação cabo-verdiana, da qual fazem ainda parte Iolanda Landim, da Direção Nacional de Saúde, Ngibo Fernandes, do Instituto Nacional de Saúde Pública e Herlander Rodrigues, da UNICV, diz que a formação, em que participaram países como Angola, Quénia, Burkina Faso, Uganda, Eritreia, Gana, Seychelles, Zimbawe, Comores, Congo, Mali e Cabo Verde, esteve bem organizada e com tradução para a língua portuguesa, o que facilitou os participantes da lusofonia.
Das questões tratadas, o diretor da RSSN destaca a apresentação e discussão com a equipa, uma ferramenta de avaliação das estruturas de saúde em módulos, tendo como caraterística principal uma abordagem harmonizada, baseada em questionários, com indicadores que permitem medir as melhorias obtidas ao longo do tempo e comparar de forma mais objetiva diferentes estruturas de saúde em diferentes realidades.
No entendimento deste dirigente, as estruturas dos módulos são de fácil implementação à realidade cabo-verdiana permitindo normalizar os procedimentos e auditar as estruturas de saúde, pelo que recomenda a adoção dos mesmos no nosso país.
No que se refere ao software CS Pro, João Baptista Semedo afirma que o uso desta plataforma requer uma maior familiarização, sendo certo que o tempo disponibilizado no seminário não permitiu um profundo conhecimento do instrumento. Assim, tendo em conta que a plataforma CSPro é muito extensa, com vários módulos, sugere que caso Cabo Verde vier a utilizar essa abordagem relativa a avaliação harmonizada das estruturas de saúde, deve antes solicitar apoio à OMS/Afro, para uma formação in locus e melhor acompanhamento da implementação.
Durante a formação, o Quénia apresentou a sua experiência e desafios sobre a implementação da Avaliação Harmonizada das Estruturas de Saúde, o que serviu para elucidar os presentes sobre a importância deste instrumento na melhoria da qualidade dos serviços de saúde.
De realçar que a delegação de Cabo Verde foi relator do encontro no dia 3 de Outubro.
Como principais recomendações, o diretor da RSSN destaca a oportunidade de se realizar esta abordagem de avaliação harmonizada das estruturas de saúde de forma periódica, de dois em dois anos, e em forma de inquérito, bem como a sua implementação de modo a permitir a recolha de informações fidedignas que auxiliará na tomada de decisões com impacto na qualidade da saúde prestada às populações.